Nunca perca as esperanças!

26 de jun. de 2009
Yeah, right. Bom, esse título pode parecer meio desesperador, [e na verdade é, mas shhh, who cares?!] principalmente por eu estar escrevendo esse post às 00:34 de uma quarta-feira logo após assistir a um filme meloso sobre relacionamentos e ficar com aquela impressão de que posso mudar o mundo no outro dia, sabe aquela sensação de que esse filme mudou minha vida, esse filme era o empurrão que eu precisava para colocar em prática todos os meus planos, todos os meus sonhos, blábláblá. É sério, talvez até clínico, mas fico com a sensação de que filmes podem mudar o mundo, meu mundo principalmente, por algumas horas pelo menos. Aconteceu isso quando assisti “A corrente do bem”, OK, eu não fiz coisas que mudassem a vida de 3 pessoas, mas por um momento eu acreditei que poderia, isso acontece inclusive quando assisto esse filme novamente. Eu sei, shame on me.
Voltando ao título, “nunca perca as esperanças” é a última frase do filme. Bom, durante TODO o filme os relacionamentos são tratados como um fardo à carregar, onde a cada dia tu tem que ir lá e reacender a chama [bregacafonabrega]. Ele enfia goela abaixo a necessidade que as pessoas têm de tentar transmitir ao outro o quanto não nos importamos tanto, o quanto estamos em primeiro lugar, para no final dizer “olá, babacas, na verdade tudo que importa é o amor”. Daí tu fica sensível o bastante para ligar o computador [porra, já são 00:44] na madrugada com febre e conjuntivite, sim eu sei, não estou em um dos meus melhores dias. Bom, ele te motiva a esquecer tudo que o filme tentou passar e foca sua atenção a essa bendita frase, eeeee, quando tu vai levantando do sofá, eis que surge os personagens principais no meio do letreiro final mostrando o quanto estão bem, o quanto sua vida de casal é fodona e o único personagem que tentou viver sua vida intensamente durante, sei lá, 01:30 de filme, foi o único que ficou só, abandonado. Ta, ele traía a esposa com uma cantora que ele conheceu na fila do supermercado, que por sinal era a Scarlet Johanson, então ta um pouco desculpado [shame on me again]. Ta, ele não ta desculpado. É sério.
O ponto é... Ta, eu não sei qual o ponto. Ta, agora, depois de 3 minutos olhando para a tela, acho que eu já sei. O ponto é o medo. Sou meio psicólogo de personagens complicados de filmes, sempre tenho uma análise, um diagnóstico para dar. Talvez pq eles se pareçam comigo, eu nunca admito, mas sempre sou a pessoa que se apaixona pelas meninas erradas, pelas meninas comprometidas, pelas garotas-enxaqueca. Sou aquele que dá um beijo no meio da avenida em uma amiga, dá as costas e vai embora, depois quer cobrar alguma atenção, ou quer que as coisas continuem como eram antes. Estou admitindo aqui, sim, é sempre minha culpa, quando eu achei que aquela menina que estava me dando maior mole era a pessoa mais pé no saco que eu conheci na face da terra, mas talvez ela esteja sendo eu, duro de admitir, mas pode ser.
Queria não precisar mais fechar os olhos e cantar pra dentro quando toca aquela música, sim, aquela, que não importa qual seja e quando estamos sozinhos, são várias. Mas queria uma pessoa para quando tocar “essa música”, poder abraçar, abraçar forte e cantar para ela, baixinho, ou alto, pra todo mundo, bem cafona como final de filme que tem frases de efeito. Queria poder voltar e não largá-la assim, no meio da avenida, pra pelo menos saber se realmente a culpa foi minha. Ou se seria loucura viajar para outro estado só para ver se aquela menina perfeita, que de brincadeira fazemos juras de amor eterno, que às vezes me confunde e que é igual a tu [a mim, no caso], e dizer que ela é especial, mesmo quando vocês nunca se viram pessoalmente, quase que nem em movimento. Bom, e quando digo que ela é perfeita igual a tu [a mim], não digo que sou perfeito, haha, longe disso, digo que ela é imperfeita, como eu, não nas mesmas coisas necessariamente, mas eu não tiraria nem colocaria mais nada nela. Ou até mesmo aquela outra, que esperei por eras ficar solteira e quando isso enfim acontece, parece que está mais distante que antes, que não importa o quanto tu finja que não importa mais, sempre importa, por mais que tente deixar claro seu ponto, ela também finge não entender e te manda uma mensagem de feliz dia do amigo. Que ironicamente é logo depois do dia dos namorados. Ou ainda aquela outra que por anos você dava indiretas o quanto poderia fazê-la sorrir todos os dias, como você sempre faz quando vocês se encontram, mas ela é apaixonada por aquele analfabeto que manda mensagens no celular que são apagadas assim que lidas, pq a gramática não foi feita para todos.
Não sou o cara fodão, o centrado, e isso ta claro para quem acompanha um pouco esse blog, ou que leu pelo menos o título dele. A única certeza que eu tenho é que... Não há certezas, clichê, mas verdade. Só há dúvidas e coragem. Ta, há o medo, muito medo, mas o medo anda sozinho.
Bom, se alguém ainda não babou de tanto dormir no teclado lendo esse post. Parabéns, você acaba de entender um pouco da minha cabeça, o que não é exatamente motivo de comemoração, mas já serve como aviso de “Mantenha-se Afastado”, ou, “Junte-se a Mim”.

Para ler ouvindo: Somewhere only we know [keane]

2 comentários:

Marcos Silva disse...

"que não importa o quanto tu finja que não importa mais, sempre importa..."

Meio Menestrel!!!kkk de WS!!!!

Ahh Reginho!!!!!!!

Aline S. disse...

Depois de ler tudo isso...
Te digo, foi um desabafo e tanto!
kkkk'


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